quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

2017 - Revitalização do Ginásio de Esportes Nelson José Busarello

02/02/2017

Revitalização do Ginásio de Esportes Nelson José Busarello

idealizada pela sócio conselheiro Vilson Júlio Rosa

com a presença de Maria Stela Busarello Theis e Larissa Lauterjung, 

filha e neta de Nelson José Busarello, 

além das autoridades









domingo, 27 de fevereiro de 2011

25/02/2011: Reinauguração do ginásio de esportes Nelson José Busarello da Sociedade Desportiva Vasto Verde

2011


 Inauguração e reinauguração do ginásio de esportes


 Nova quadra, com dimensão de 20mx40m


 O ginásio pode abrigar jogos oficiais


 Técnico de basquete Álvaro Portugal, que substituiu Nelson Busarello, em foto com Maria Stela Busarello Theis


 Solenidade e homenagem a Nelson Busarello


 Descerramento da placa com a presença de autoridades


 Filhas de Nelson Busarello: Maria Stela e Silvia


 Ginásio de esportes Nelson José Busarello,
da Sociedade Desportiva Vasto Verde,
reinaugurado em 25/02/2011


 Amigos


Dos quatro netos de Nelson Busarello: Guilherme Theis, Larissa Lauterjung, Hannah Theis e Miguel Busarello Lauterjung,
os dois primeiros estiveram presentes

domingo, 16 de janeiro de 2011

Bem-vindo a biografia de Nelson Busarello!


N
elson Busarello nasceu em 12 de julho de 1935, na cidade de Taió, em Santa Catarina. Conhecido no meio esportivo de Blumenau e em quase todo o Estado, foi treinador de basquetebol e voleibol da Comissão Municipal de Esportes de Blumenau e do clube Vasto Verde, além de professor de Educação Física do Colégio Pedro II. Faleceu em 4 de julho de 1976, de parada cardíaca, em decorrência de um acidente automobilístico.

Nelson Busarello participou como atleta nos primeiros Jogos Abertos de Santa Catarina, em 1960 na cidade de Brusque. Iniciou jogando futebol e depois voleibol, mas foi no exército que aprendeu a jogar basquetebol.

Pró-ativo, idealizava competições e inscrevia suas equipes em diversos campeonatos. Enquanto muitas equipes buscavam profissionais em outros estados, Busarello insistia no amadorismo, priorizando os atletas de Blumenau e região.
No clube onde trabalhava, além de participar da organização geral, tinha uma escolinha de basquetebol. Conseguiu muitos títulos para o Vasto Verde – tendo sido campeão estadual de adultos de voleibol por nove vezes e uma vez campeão estadual juvenil. No basquetebol, foi quatro vezes campeão estadual adulto e cinco vezes campeão estadual juvenil.
Sua forte personalidade fazia com que as pessoas o admirassem ou o amassem, tendo conquistado respeito inicialmente pelas grandes vitórias obtidas no basquete para a cidade de Blumenau. Viveu intensamente, tendo visto e colaborado para mudanças significativas ocorrerem no esporte amador do município. Conseguiu realizar um grande sonho: viabilizar a construção do ginásio de esportes da Sociedade Esportiva Vasto Verde, no bairro da Velha, o qual, em 18 de setembro 1976, recebeu seu nome como forma de homenagem póstuma. Foi posteriormente reinaugurado em 28 de fevereiro de 1997. 

(informações - silviabusarello@yahoo.com.br)

Reportagem de Pedro Lopes

Reportagem de Pedro Lopes, na coluna jornalística Bola na Rede, menciona a justa homenagem feita pela diretoria da Sociedade Desportiva Vasto Verde ao dar o nome Nelson José Busarello ao seu ginásio de esportes:
Os seus longos anos de trabalho dedicados ao clube tinham, é verdade, o reconhecimento da diretoria. Por essa razão, sua palavra sempre soou como uma ordem dentro da agremiação. Sempre foi respeitado pelos seus comandados. As crianças recebiam dele o tratamento de um pai. Os grandes aceitavam as ordens do técnico, como se elas viessem de um irmão. E nunca deixaram de dar o máximo. Muitos gostariam de chegar a sua seleção, para encontrarem-se com o mestre e subtrair dele um pouco mais de conhecimento.
Em 26 de junho de 1985, a Prefeitura Municipal de Blumenau homenageou-o, atribuindo seu nome a uma via pública: a rua Nelson José Busarello inicia-se na rua Johann Ohf, no bairro Água Verde, e possui 340 metros de extensão.

Reportagens de jornais da época

Reportagens de jornais da época comentaram que, em 4 de julho de 1976,       “a cidade parou levando adeus a Busarello”: 
Blumenau abriu um pequeno hiato na sua engenhosa atividade cotidiana para tributar uma das mais comoventes homenagens prestadas a uma eminente figura cívica como sempre foi Nelson José Busarello. Toda coletividade blumenauense chorou a perda do seu grande soldado que, com dedicação e elevado espírito público na defesa dos mais salutares princípios esportivos, granjeou amizades e simpatias que o tornaram devoto da admiração popular.
Esse espírito de resignação o acompanhou até o último instante da sua vida. Rodeado por parentes que o velavam à cabeceira de seu leito, pedira clemência ao motorista com quem se chocara na noite anterior. Só um homem de fibra, audaz e de coração limpo, poderia ter-se dirigido ao hospital andando aparentemente alegre, e depois enfrentar a morte como se estivesse se despedindo da família para uma viagem qualquer. Suas últimas palavras foram de uma benevolência comovedora: “Minha hora chegou e creio que parte da minha missão foi bem cumprida”. Depois disso falou que o acidente fora obra do destino e chegou a desculpar o motorista do caminhão num gesto que caracterizou ainda mais seu espírito de bondade e respeito ao próximo.
O caixão de Busarello foi transportado de sua residência para o cemitério do bairro da Velha, conduzido pelos jogadores de basquete do Vasto Verde e acompanhado por uma multidão de aproximadamente 6 mil pessoas. Entre elas estavam o comandante do 63º Batalhão de Infantaria e o Prefeito Municipal, o Senador Evilásio Vieira e várias personalidades blumenauenses, além de grande número de dirigentes de órgãos esportivos de Santa Catarina.
Os jogadores do Vasto Verde ficaram ao lado do amigo e conselheiro Busarello até o momento de seu caixão ganhar à sepultura e após a cerimônia fúnebre voltaram à residência do próprio treinador, onde durante uma hora estiveram reunidos traçando os primeiros planos com vistas às finais do basquete. Decidiram que a equipe ficaria sem treinador naquele ano e que passariam a treinar todos os dias para poderem ser campeões estaduais, e que iriam depositar a faixa alusiva ao título no mausoléu onde repousa o treinador de quem guardarão imperecível lembrança.

 

Em 20 de outubro de 1986, o repórter Maceió, escreveu no Jornal A Noticia sobre o treinador com o título “Dez anos sem Busarello”:

Em 20 de outubro de 1986, o repórter Maceió, escreveu no Jornal A Noticia sobre o treinador com o título “Dez anos sem Busarello”:
Algum filósofo contemporâneo escreveu: “Os desígnios de Deus são vedados à compreensão dos homens”. Por isso mesmo, há dez anos estamos sem Nelson José Busarello. Forte, polêmico, loquaz e o mais romântico de todos os treinadores que Santa Catarina já conheceu.
Busarello, hoje é um príncipe que fala com todos os anjos e arcanjos de Deus com a maior pureza d’alma, mas aqui ele era fogo. Pegaria pelo colarinho o dirigente que lhe dissesse: “Vamos preservar o célebre ideal olímpico: o mais importante é competir”.
‘Busa” condenava a retórica e os pleonasmos. Para ele, o importante era ganhar. Tinha tanta sede de vitória que, belo dia, empinou o nariz à frente de sua majestade, Ramiro Rüediger, e sentenciou: “Vou mandar o Rubens às favas”.
Nascia do âmago dos blumenauenses um homem que era todo audácia, garra e valentia. Olhar impassível, seu Ramiro quis saber: “O que é que meu garoto fez para você?” “Nada. Só que ontem tocou o Hino Nacional e ele foi o único que não chorou. Fez onze cestas e não vibrou uma vez”.
Busarello, homem de muitos cacoetes, tinha essa filosofia: fazer tudo com amor. E, acima disso, o time tinha que disputar cada bola com o apetite de quem defende um prato de comida. Foi nessa época que Carlito, Heimuth, Walmor, Rubens (Obenaus) e Romeo varreram todos os títulos. Helmuth era de uma magreza transparente. Suava frio nas mãos de Busarello. Quando este morreu, Helmuth trocou o calção pela gravata e engordou como uma pipa.
Hoje, os grandes grupos econômicos de Blumenau investem alto no vôlei, basquete, atletismo e natação. Mas, nos tempos do Busarello, o coordenador do atletismo tinha que fazer as rifas para comprar os sapatos de prego e o próprio Busarello, além de treinar o vôlei e o basquete, ia a São Paulo comprar o tecido para que sua esposa confeccionasse os agasalhos de toda a delegação.
Faz dez anos que o automóvel, esse velho escafandrista de almas, o levou do nosso convívio.
Tinha uma índole tão forte que já consultei todos os bruxos do esporte amador de Brusque e eles me responderam: “Arthur Schlösser foi o criador dos Jogos Abertos. E Busarello os imortalizou”. Deus seja louvado!

 

Tabela dos títulos conquistados por Nelson Busarello

Tabela dos títulos conquistados por Nelson Busarello quando orientava a seleção da cidade como técnico da Comissão Municipal de Esportes de Blumenau e como treinador da Sociedade Desportiva Vasto Verde:



(Obs: JASC = Jogos Abertos de Santa Catarina, a maior competição atlética do estado)

Premiações no voleibol:

1964 – Em Porto União: campeão dos V JASC
1966 – Campeão blumenauense
1966 – Campeão catarinense
1966 – Em Lages: campeão dos VII JASC
1967 – Campeão blumenauense
1967 – Campeão catarinense
1967 – Em Joaçaba: vice-campeão dos VIII JASC
1968 – Campeão blumenauense
1968 – Campeão catarinense
1968 – Em Mafra: campeão dos IX JASC
1969 – Campeão blumenauense
1969 – Campeão catarinense
1969 – Em Joinville: campeão dos X JASC
1970 – Campeão blumenauense
1970 – Campeão catarinense
1970 – Em Concórdia: campeão dos XI JASC
1971 – Campeão catarinense
1971 – Em Rio do Sul: campeão dos XII JASC
1972 – Campeão catarinense
1972 – Em Itajaí: campeão dos XIII JASC
1973 – Campeão catarinense
1973 – Em São Bento do Sul: vice-campeão dos XIV JASC
1974 – Vice-campeão catarinense
1974 – Em Criciúma: vice-campeão dos XV JASC
1975 – Em Chapecó: 3º. colocado dos XVI JASC

  

Premiações no basquetebol:

1960 – Em Brusque: 4º lugar no I JASC
1961 – Em Florianópolis: não conseguiu classificação no II JASC
1962 – Em Blumenau: vice-campeão dos III JASC
1963 – Em Joinville: 4º lugar nos IV JASC
1964 – Em Porto União: campeão nos V JASC 
1965 – Em Brusque: vice-campeão dos VI JASC
1967 – Em Joaçaba: campeão dos VIII JASC       
1968 – Em Mafra: vice-campeão dos IX JASC
1968 – Campeão juvenil blumenauense
1969 – Campeão juvenil blumenauense
1969 – Campeão juvenil catarinense
1969 – Em Joinville: vice-campeão dos X JASC
1970 – Campeão juvenil blumenauense
1970 – Campeão juvenil catarinense
1970 – Vice-campeão estadual adulto
1970 – Em Concórdia: campeão dos XI JASC
1971 – Campeão juvenil blumenauense
1971 – Campeão juvenil catarinense
1971 – Campeão estadual adulto
1971 – Em Rio do Sul: campeão dos XII JASC
1972 – Campeão juvenil blumenauense
1972 – Campeão juvenil catarinense
1972 – Campeão estadual de adultos
1972 – Em Itajaí: campeão dos XIII JASC
1973 – Vice-campeão juvenil catarinense
1973 – Campeão adulto estadual catarinense
1973 – Em S. Bento do Sul: campeão dos XIV JASC
1974 - Campeão juvenil estadual catarinense
1974 – Em Criciúma: vice-campeão dos XV JASC
1975 – Em Chapecó: campeão dos XVI JASC
1976 – Em Tubarão: vice-campeão dos XVII JASC  (atletas jogaram sem o técnico Busarello)