domingo, 16 de janeiro de 2011

Reportagens de jornais da época

Reportagens de jornais da época comentaram que, em 4 de julho de 1976,       “a cidade parou levando adeus a Busarello”: 
Blumenau abriu um pequeno hiato na sua engenhosa atividade cotidiana para tributar uma das mais comoventes homenagens prestadas a uma eminente figura cívica como sempre foi Nelson José Busarello. Toda coletividade blumenauense chorou a perda do seu grande soldado que, com dedicação e elevado espírito público na defesa dos mais salutares princípios esportivos, granjeou amizades e simpatias que o tornaram devoto da admiração popular.
Esse espírito de resignação o acompanhou até o último instante da sua vida. Rodeado por parentes que o velavam à cabeceira de seu leito, pedira clemência ao motorista com quem se chocara na noite anterior. Só um homem de fibra, audaz e de coração limpo, poderia ter-se dirigido ao hospital andando aparentemente alegre, e depois enfrentar a morte como se estivesse se despedindo da família para uma viagem qualquer. Suas últimas palavras foram de uma benevolência comovedora: “Minha hora chegou e creio que parte da minha missão foi bem cumprida”. Depois disso falou que o acidente fora obra do destino e chegou a desculpar o motorista do caminhão num gesto que caracterizou ainda mais seu espírito de bondade e respeito ao próximo.
O caixão de Busarello foi transportado de sua residência para o cemitério do bairro da Velha, conduzido pelos jogadores de basquete do Vasto Verde e acompanhado por uma multidão de aproximadamente 6 mil pessoas. Entre elas estavam o comandante do 63º Batalhão de Infantaria e o Prefeito Municipal, o Senador Evilásio Vieira e várias personalidades blumenauenses, além de grande número de dirigentes de órgãos esportivos de Santa Catarina.
Os jogadores do Vasto Verde ficaram ao lado do amigo e conselheiro Busarello até o momento de seu caixão ganhar à sepultura e após a cerimônia fúnebre voltaram à residência do próprio treinador, onde durante uma hora estiveram reunidos traçando os primeiros planos com vistas às finais do basquete. Decidiram que a equipe ficaria sem treinador naquele ano e que passariam a treinar todos os dias para poderem ser campeões estaduais, e que iriam depositar a faixa alusiva ao título no mausoléu onde repousa o treinador de quem guardarão imperecível lembrança.

 

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